sábado, 19 de abril de 2008

Cabaret - Brasil (SP)


Audições para o musical 'Cabaret', pela Time for Fun (antiga CIE Brasil).

Atores, Cantores, Bailarinos e Orquestra:

Emcee - excelente ator-cantor-bailarino, entre 30 e 40 anos

Cliff Bradshaw - excelente ator, com conhecimento de canto, entre 25 e 35 anos e aparência americana

Sally - Excelente atriz e cantora, com conhecimento de dança, entre 20 e 35 anos

F. Schneider - Excelente atriz e cantora, entre 50 e 65 anos

F. Schultz - Excelente ator e cantor, entre 50 e 65 anos

F. Kost - excelente atriz e cantora, com conhecimento em dança, entre 38 e 45 anos

Ernst Ludwin - excelente ator e cantor, entre 30 e 40 anos

Ensemble feminino - idade entre 25 e 40 anos. Habilidades: canto, dança e atuação

Ensemble masculino - Idade entre 25 e 40 anos. Habilidades: canto, dança e atuação

Orquestra: sexo feminino com idade acima de 25 anos
Teclado (piano) - Contrabaixo - Trombone - Bateria - Trombeta - Violino - Clarinete - Saxofone

Enviar CV e foto (para orquestra, somente CV) até dia 02\05 para:
audicoes.cabaret@t4f.com.br
informações: 11-2126-7314 de 2a a 6a das 14h às 18h

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Tom e Vinícius - Brasil (RJ)

Segue um email que recebi neste instante:

A equipe do musical "Tom e Vinícius - O sonho de uma geração" está selecionando atores e atrizes cantores entre 20 e 40 anos para as audições que acontecerão no Rio de Janeiro, entre os dias 5 e 12 de Maio.

Com texto de Flávio Marinho e direção de Daniel Herz, o espetáculo, que terá Marcelo Serrado no papel de Tom Jobim, estreará em setembro, em São Paulo.

Os interessados deverão mandar foto colorida e currículo para o e-mail cica@cccastello.com e também para Caixa Postal 37179, CEP: 22631-280, Rio de Janeiro, Assunto: Audição Tom e Vinicius.

É IMPORTANTE informar que as inscrições só serão efetuadas com o material recebido via correio até dia 29 de Abril.

A produção não se responsabilizará, no caso dos atores residentes em outras cidades e/ou estados, por quaisquer despesas do candidato, como hospedagem, alimentação e translado, entre outras, no período das audições e ensaios.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Novo disco do BR6


Esta é a capa do terceiro album do BR6, na minha opinião, o grupo vocal de maior destaque no Brasil, atualmente. Para respaldar minha opinião, tenho ao meu lado a iniciativa da produção da Rede Globo, que colocou uma das canções deste CD na próxima novela das seis e da CASA (The Contemporary A Cappella Society) , que conferiu o prêmio Best Jazz Album, uma das mais prestigiadas categorias do prêmio CARA 2008 (Contemporary A Cappella Recording Award), uma espécie de Grammy para os lançamentos internacionais de grupos vocais. No site do grupo é possível ouvir algumas faixas.

O trabalho foi lançado inicialmente nos EUA e aterrissa agora no Brasil, nas asas da Biscoito Fino, responsável pelo lançamento do primeiro álbum do grupo, o ótimo e também premiado Música Popular Brasileira A Cappella.

A nova formação conta com Marcelo Caldi (Tenor), Augusto Ordine (Barítono) e Naife Simões (Percussão Vocal) que, somados aos "antigos" Crismarie Hackemberg (soprano), Simô (baixo) e Deco Fiori (tenor), dão corpo ao BR6. Tive a oportunidade de assistir às três apresentações do grupo deste ano até agora: no teatro Café Pequeno, Armazém Digital Leblon e Sala Baden Powell, todas no Rio de Janeiro. O grupo se mostrou em evolução, apresentando uma significativa melhora a cada show. Acredito porém, que a mão do diretor Fernando Lobo venha contribuir para a incorporação de um trabalho cênico e corporal mais arrojado, pois isto se faz necessário. A próxima oportunidade para assistir ao grupo será na Modern Sound (RJ), onde haverá o lançamento do disco em um show gratuito, no dia 19 de maio, uma segunda-feira.

A última (e ótima) novidade que bateu à porta do grupo foi a contratação por cinco anos, de duas turnês anuais no Japão, onde "Here to Stay" também será lançado.

O Brasil tem ótimas formações de grupos vocais que, infelizmente, não têm seu trabalho reconhecido. A única iniciativa de maior escala que já existiu para promovê-los, foi justamente empreendida pela Rio Acappella, empresa da Crismarie e seu marido Cilan, o Forum Rio Acappela e o Festival Rio Acappella de Grupos Vocais. Ambos foram projetos espetaculares, sempre tendo a troca de informações e conhecimento como tônica. Fico na torcida para que este novo e grande passo do "BR" também contribua para abrir espaço para a projeção dos bons grupos vocais e arranjadores existentes no Brasil.

Recentemente, em conversa particular com a Crismarie, única mulher no grupo, uma reflexão dela, quase que um pensamento em voz alta que escapou sem querer, me chamou a atenção: "O barco estava no cais, com as velas içadas, aí, passou um vento e levou...". É assim mesmo. A gente faz a nossa parte, se prepara, corre atrás. Uma hora encontramos o nosso vento (ou ele encontra a gente).

Agora, o que você está fazendo aí? Vai logo visitar o site dos meninos! http://http//www.vocalbr6.com

Clique aqui e veja a crítica de Mauro Ferreira.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Entrevista com Robert Edwards


Abaixo, uma entrevista da revista eletrônica Monterey County Weekly com um dos mais renomados professores de técnica vocal dos Estados Unidos, Robert Edwards. A tradução é de uma das orientadoras do Voz Plena, Ana Zinger, ex-aluna de Edwards enquanto residiu na Califórnia.



Robert Edwards ensinou Hollywood a cantar


Por Stuart Thornton para o Monterey County Weekly


Robert Edwards acredita que o canto começa logo após o nascimento. Infelizmente, o canto a que ele se refere não é musica para os ouvidos. Edwards - que deu aulas para grandes cantores como Sheryl Crow, Bonnie Raitt, e Michael McDonald - diz que o choro de um bebê é igual ao canto de um indivíduo "Não há diferença fisiológica entre o canto e o choro", explica.

As idéias de Edwards sobre o canto se desdobram em um discurso multi-disciplinar e de mente muito aberta, de um soberbo professor universitário. Edwards, que está abrindo um novo estúdio vocal em Carmel, somado ao seu popular estúdio de Los Angeles, menciona filosofia, anatomia, fisiologia, e ate mitologia para explicar as formas de comunicação.

Edwards se refere à anatomia para mostrar que os seres humanos nasceram para cantar. Ele explica que há mais de 64 pares de músculos dentro e em volta da laringe humana. “Isto seria demais para um primata que só viria a falar”, diz.

Quando jovem, Edwards cantou em igrejas e bares de estilo folk nos arredores da Universidade de Ken State, Ohio, onde se formou em filosofia. Porém, foi um emprego como assistente de um fonoaudiólogo que trabalhava com crianças excepcionais que mais o ensinou sobre vocalização. Através da fonoaudiologia, ele conheceu os princípios básicos da fisiologia, estudo das funções dos organismos vivos. “Aprendi muito sobre a voz desta maneira”, ele diz. “Eu não queria violar os princípios da fisiologia."

Em 1970 Edwards migrou para Los Angeles. Estudou música no CSU Northridge e abriu seu próprio estúdio de canto.

Através do boca a boca, as aulas de Edwards decolaram (ele chegou a ensinar 163 alunos). E não eram quaisquer alunos: na sua lista de clientes estavam vencedores dos prêmios Grammy, Oscar, Emmy, e Tony.

Ele comenta que alguns de seus famosos alunos, como Christina Aguilera e Tracy Chapman, o impressionaram com a habilidade de absorver as técnicas. "A maioria das grandes estrelas são boas atrizes, porque cada canção é uma cena", diz. "E elas aprendem rápido".

Edwards descreve a sua tutelagem como uma apólice de seguros: "Para o seu instrumento não quebrar e deixá-lo na mão quando você se emocionar demais com ele", diz.

Apesar de nunca ter trabalhado com Bob Dylan, Edwards demonstra uma enorme afeição pelo ícone, que a maioria considera ter uma voz ruim. "Bob Dylan sempre foi meu compositor favorito", fala. "Essa não é a sua verdadeira voz. É uma pseudo-voz. Ele está mais interessado no estilo do que em impressionar as pessoas com a voz".

Edwards admite que, como muitos de seus clientes estão em turnê, as aulas são dadas pelo telefone. Ele permanece com um telefone de discar de 30 anos para dar todas essas aulas por um motivo específico: "Ele tem um ótimo microfone de carbono de duas polegadas", diz. "A fidelidade é muito boa".

Então, Edwards senta ao piano e me demonstra como ensina. "Você é um baixo, ou um baixo barítono", repara.

Em seguida me faz cantarolar uma melodia simples. Eu me sinto envergonhado quando um profundo som de sapo emerge da minha garganta. Mesmo assim, ele me elogia, e eu começo a achar que meu sonho de estar à frente de uma banda de rock pode não estar longe, afinal. Assim que me sinto mais confiante, ele toca melodias um pouco mais complexas e me pede para segui-lo. "Bom timbre", diz.

Edwards aponta em direção ao teto. "A voz de um bom cantor não sai da boca, ela sai da mente".*

Ao terminar a aula, eu agradeço e Edwards me dá um conselho. "Se queres continuar a cantar, ouça o radio e cante com ele", diz. "Tente especialmente cantar com as artistas femininas".

Então ele me diz que a voz masculina só atinge a maturidade com a idade de 45 a 55 anos. Isto quer dizer que ainda tenho tempo.



*Nota: ”A good singer doesn’t aim the tone straight out of their mouth. They aim it straight out of their head."

Tone em inglês significa: 1. um som vocal ou musical. 2. qualidade do som 3. timbre 4. um som de tonalidade definida.

Podemos pensar que a mira de um som de ótima qualidade, timbre e afinação venha da mente, e não simplesmente da boca.